quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O quarto, a janela e a lágrima

Quando minha poesia calar
As palavras secas em minha garganta
Como as folhas já recolhidas
E não houver outra maneira de te dizer
Nem de contornar as tuas curvas
Seja em minha língua ou palavras
Faça que se entenda os fatos
Junte os papéis da gaveta 
Molhe em minhas lágrimas
E jogue pela janela até que o vento sopre
Quando já forem ao longe as folhas
Volte a mesma sacada e entenderá
Que o amor que sinto por ti
Não se mede em linhas e nem se conta 
Ao vento