quinta-feira, 14 de abril de 2016

Miguel de Souza Medeiros: Nação partida

Miguel de Souza Medeiros: Nação partida:    Pelo nível de maturidade política a que chegou a sociedade brasileira, todas as incertezas que se verificam na atual realidade já poderi...

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O quarto, a janela e a lágrima

Quando minha poesia calar
As palavras secas em minha garganta
Como as folhas já recolhidas
E não houver outra maneira de te dizer
Nem de contornar as tuas curvas
Seja em minha língua ou palavras
Faça que se entenda os fatos
Junte os papéis da gaveta 
Molhe em minhas lágrimas
E jogue pela janela até que o vento sopre
Quando já forem ao longe as folhas
Volte a mesma sacada e entenderá
Que o amor que sinto por ti
Não se mede em linhas e nem se conta 
Ao vento

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Estouro

Essa negritude me instiga 
Essa imensidão me faz pensar
nas infinitas ondas,
que a noite não aparecem,
que parecem o frenesi incessante
por entre as coxas quentes
e dos gemidos longos, das línguas torpes. 
Esse mar, que quando se ilumina me encanta,
e quando se apaga a luz,
me faz desejar a carne,
que nele parece viva,
que lá parece querer que deslumbre o amargo do teu gozo.
(continua...)

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Canela com amoras

E aí ele se virou para a bailarina e disse:
"Você leva a vida muito a sério. Se fosse assim minha boca enxergaria em palavras e meus olhos falariam em lágrimas."
Ela, cheia de sua elegância, levantou em sua marcha fúnebre e caminhou, já sem muito brilho, no caminho em que a água da chuva já se punha entre o chão e a lama.
Nunca quis sequer derramar uma gota do céu para dizer que não o amou. Tampouco um sorriso pra aceitar que nem sempre a felicidade é o destino certo.
Pusera,ele, em contraponto, sua bailarina em um pedestal. Uma afeição imensa por Portinari, uma menção pequena às suas palavras.
E foi vazando pela caneta letra e as velas modernas iluminando. Sabor canela com amoras. Se era o fim não sei se foi avisado.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Nasce Pedro

Nasce Pedro. Um ser de cor escura, olhar penetrante e que me fez chorar.
Um amor eterno. Nasce Pedro. Um filho muito desejado. Que me faz sonhar.
A reação não poderia ser outra, amor. O de pai também existe. Um laço forte.
A emoção foi mais forte que as minhas palavras. E só mais forte que isso a minha heroína. A heroína do Pedro. Pois ela foi quem trouxe ao mundo Pedro.
Cada letra sobre o meu sentimento é uma certeza de que valeu a pena. Pois nasce Pedro. E nada há de mais importante. Nada pode ser para mim do que Pedro.
Me pegou de surpresa, mas descobri que não me surpreenderia com mais nada, porque existe o Pedro.
Nasce Pedro e eu estarei feliz mesmo sem as noites dormidas. O Pedro veio ao mundo. E esse, que antes era grande, se tornou pequeno ao olhar meu filho, filho da minha heroína.
Nasceu Pedro.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

As mesmas e as novas

Hoje é o dia em que as mulheres enlouquecem. Elas compram tudo novo. Ou se a coisa já é feita dão uma ajeitada e uma enfeitada. Por isso não se espante se em qualquer loja você encontrar alguns detalhes ultrapassando os limites das linhas das calças.
Com os homens não poderia ser diferente, todo ano compram aquela coisa que ela adora, mas que ele nunca a vê usando. Tomam um banho caprichado e colocam uma camisa pólo ou social, pra levá-la pra jantar fora. Com as 'negoças' raspadinhas e dinheiro na carteira que comecem as apostas, afinal hoje é dia de dar.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Verso Lapa


Era mesmo a Lapa.
Era um bêbado, uma velha e uma criança
O banco era o abrigo às 2 da manhã
Enquanto os carros parados pelos velhos hábitos
Mesmo sabendo que ali não é o seu lugar
Se levantar do sofá e sair pra olhar a noite.
Era a Lapa, cheia de vida,
Cheia de cerveja e gente de pé ao chão