E aí ele se virou para a bailarina e disse:
"Você leva a vida muito a sério. Se fosse assim minha boca enxergaria em palavras e meus olhos falariam em lágrimas."
Ela, cheia de sua elegância, levantou em sua marcha fúnebre e caminhou, já sem muito brilho, no caminho em que a água da chuva já se punha entre o chão e a lama.
Nunca quis sequer derramar uma gota do céu para dizer que não o amou. Tampouco um sorriso pra aceitar que nem sempre a felicidade é o destino certo.
Pusera,ele, em contraponto, sua bailarina em um pedestal. Uma afeição imensa por Portinari, uma menção pequena às suas palavras.
E foi vazando pela caneta letra e as velas modernas iluminando. Sabor canela com amoras. Se era o fim não sei se foi avisado.
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