segunda-feira, 25 de junho de 2012

Nasce Pedro

Nasce Pedro. Um ser de cor escura, olhar penetrante e que me fez chorar.
Um amor eterno. Nasce Pedro. Um filho muito desejado. Que me faz sonhar.
A reação não poderia ser outra, amor. O de pai também existe. Um laço forte.
A emoção foi mais forte que as minhas palavras. E só mais forte que isso a minha heroína. A heroína do Pedro. Pois ela foi quem trouxe ao mundo Pedro.
Cada letra sobre o meu sentimento é uma certeza de que valeu a pena. Pois nasce Pedro. E nada há de mais importante. Nada pode ser para mim do que Pedro.
Me pegou de surpresa, mas descobri que não me surpreenderia com mais nada, porque existe o Pedro.
Nasce Pedro e eu estarei feliz mesmo sem as noites dormidas. O Pedro veio ao mundo. E esse, que antes era grande, se tornou pequeno ao olhar meu filho, filho da minha heroína.
Nasceu Pedro.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

As mesmas e as novas

Hoje é o dia em que as mulheres enlouquecem. Elas compram tudo novo. Ou se a coisa já é feita dão uma ajeitada e uma enfeitada. Por isso não se espante se em qualquer loja você encontrar alguns detalhes ultrapassando os limites das linhas das calças.
Com os homens não poderia ser diferente, todo ano compram aquela coisa que ela adora, mas que ele nunca a vê usando. Tomam um banho caprichado e colocam uma camisa pólo ou social, pra levá-la pra jantar fora. Com as 'negoças' raspadinhas e dinheiro na carteira que comecem as apostas, afinal hoje é dia de dar.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Verso Lapa


Era mesmo a Lapa.
Era um bêbado, uma velha e uma criança
O banco era o abrigo às 2 da manhã
Enquanto os carros parados pelos velhos hábitos
Mesmo sabendo que ali não é o seu lugar
Se levantar do sofá e sair pra olhar a noite.
Era a Lapa, cheia de vida,
Cheia de cerveja e gente de pé ao chão

segunda-feira, 19 de março de 2012

Frases

                                   
"Deixa que o tempo se encarrega de dizer o que deixa para trás
Nas mãos mais, mas que mais, muito mais, mas não deixe de dizer
Que quando olhaste avante deixou aquela lágrima cair
Sabia que era para sempre, mas até quando seria o eterno?"

segunda-feira, 12 de março de 2012

Seu

                         
Sendo um olho a te olhar na imensidão do mar que mostra em teus olhos
Uma folha a planar na curvatura de teus cílios e com a delicadeza de teus toques
Adoro o brilho do teu sorriso e da transparência de suas lágrimas
Prefiro que sorria, porém sei compartilhar de suas emoções.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Primeiro Passo


Já tenho motivos suficientes para ir embora cheio de amarguras em meu coração

Darei o primeiro passo em direção à porta. Não faça mais aquele olhar de desgosto

Deixei sobre a mesa as minhas chaves, o anel e uma lágrima

Eu saberei que errei, mas só eu saberei

Pois esta carta é bem mais suposta que navegue os rios e os mares

Sem que mesmo uma letra saia nas páginas

Darei o primeiro passo em direção à porta. Não faça mais aquele olhar de desgosto

Acho que a mágoa é necessária para que eu me ponha à légua

Tenho certeza que estou vendo, pois ainda enxergo aquilo

Que outrem põe as mãos sobre o rosto para passar em branco

Sou e ainda serei o mesmo escritor, com as mesmas lástimas e com o mesmo sorriso

Sou e sempre serei um alguém apaixonado por minhas letras e tentando lhe esquecer

Darei o primeiro passo em direção à porta. Não faça mais aquele olhar de desgosto

Mas tente me impedir.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Medo




Para que a vida nos pregue os olhos em algo físico e que a que a química combine. Mas se a mente padecer nada adiantará ficar com as mãos estendidas e vazias esperando por alguém na esquina entre a Avenida do Desamor e a Rua do Desespero.

De esquina em esquina. De porta em porta. Desbragado e quase ao avesso um amante solitário, que não tem ninguém para amar, triste por si só, só e permanecia assim.

Se despontasse alguém na outra margem do vasto quarteirão ou que mencionasse atravessar a rua ameaçava logo amar, pois não sabia o valor que tem em se guardar o amor para poucos ou para um.

Chorava cada dia por outrem diferente do dia que já subia as tabelas, que folheava o calendário. Diziam as lágrimas que se acostumaram a correr em vão para o destino de nenhum.

Escrevia a desilusão da sacada de seu olhar já seco endereçando ao amor que jamais sentiu por si mesmo.