Em qual dia em que Bandeira e Pessoa vão me deixar levantar deste luto e ver que a irradiação de luz não é somente uma penúria é também mais um dia que se passa sem eu me apresentar a uma bela dama, para que ela possa me dar outros raios de felicidade?
Me recupero aos poucos como se fosse um acidente muito grave ter perdido aquela mulher. A medicação, ainda não controlada, é em doses pequenas de carinho que permito receber daqueles e aquelas que me circundam.
Estão percebendo os meus olhos fundos e a magreza evidente – hoje estou sem quem disse que era minha metade.
Quando Pessoa me deixar, finalmente, navegar em mares e marés diferentes vou recostar sobre o mesmo travesseiro e sonhar com outras curvas delineadas e não tentar encontrar outros caminhos que terminam no mesmo destino. Vou fazer um cruzeiro de rotas diferentes, bem possível sem enfeites nos anelares.
Ontem eu já fui lá fora, as pernas ainda bambeiam um tanto e acabam seguindo aquele caminho, mas aos poucos vou levantar da cama e escrever meu coração com mais firmeza, espere um pouco.
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