domingo, 12 de dezembro de 2010

Enquanto posso te falar

Soprando o orvalho da manhã

E as folhas não recolhidas

Deixam o verde enriquecer as flores

As gotas ainda em suspensão

Não deixam de molhar de novo o chão

Queria o escritor ver de longe a sua angústia

Poderia apenas se contentar com o papel

A caneta impregnada de vontades

Percorria da esquerda para direita

Em movimentos repetidos

Quando não isso eram as mãos sobre as teclas

Vai e volta de mensagens, as mágoas

Contornar? Não era um caminho com muitas voltas

Foi, sim, com opções (muitas delas equivocadas)

Teve sim seus momentos sobre o palco da vida

E percorreram o caminho totalmente inverso

E avistou o brilho de sua lágrima que

Em todas as noites molha as flores do quintal

Mas se prendeu no possível e escreveu “Adeus”

Antes se o peito chorava, hoje quem chora sou eu

Enquanto houver uma fagulha de voz

Eu vou tentar responder

Posso olhar nós a frente

Te olharia com amor e

Falaria o quanto me faz...

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