Soprando o orvalho da manhã
E as folhas não recolhidas
Deixam o verde enriquecer as flores
As gotas ainda em suspensão
Não deixam de molhar de novo o chão
Queria o escritor ver de longe a sua angústia
Poderia apenas se contentar com o papel
A caneta impregnada de vontades
Percorria da esquerda para direita
Em movimentos repetidos
Quando não isso eram as mãos sobre as teclas
Vai e volta de mensagens, as mágoas
Contornar? Não era um caminho com muitas voltas
Foi, sim, com opções (muitas delas equivocadas)
Teve sim seus momentos sobre o palco da vida
E percorreram o caminho totalmente inverso
E avistou o brilho de sua lágrima que
Em todas as noites molha as flores do quintal
Mas se prendeu no possível e escreveu “Adeus”
Antes se o peito chorava, hoje quem chora sou eu
Enquanto houver uma fagulha de voz
Eu vou tentar responder
Posso olhar nós a frente
Te olharia com amor e
Falaria o quanto me faz...
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