terça-feira, 10 de maio de 2011

Azeda


O azedume que deixaste em meu pensamento foi apenas se devo te dizer, outra vez, que tua boca se encaixa perfeitamente na minha ou se devo calar-te com prolongados minutos ou horas de troca de línguas? O que deve fazer é não dizer nada, pois tudo o que disse já casou um azedume.

Destilada ou ao natural me parece tão saborosa que quase não consigo deixar o fluxo das palavras fluir, mas são um rio e, às vezes, em enxurradas. E os dedos – ainda que calejados – escrevem como se fosse música. [Espero ter causado um sorriso].

Mas nestas, as músicas, onde você se faz presente em minha vida. Onde eu te encontro sempre no lugar certo e exato. Ainda que meus olhos tentassem te esconder. Pude te encontrar, minha Azeda. Pude te provar que é Doce no tanto que percebe-se Azeda. E que sabes fazer que a canção aconteça.

Um comentário:

Paulinhaaa disse...

" e das receitas mais improváveis, onde a culinária talvez não vá atestar... a mistura do azedo com o amargo, se fez doce...do tipo em conserva onde se percebe seu verdadeiro gosto depois de certo um tempo...
Mistura essa que só se permitia nas escritas e nas canções...provar do "doce improvável" anulará o azedo ou deixará o amargo?
Sim... causou o sorriso sim! "
enfim. (será que ainda pontua?)