Ando me limitando ao tamanho da folha de papel. Ando sempre me atrasando. Ando sempre me atrasando. No caótico do óptico e das ruas envenenadas. As ruas se embebedam de sirenes e corrupção. Desde a recepção até o gabinete. Minha opinião sempre foi discursiva, mais do que discutida.
Ando à pé e ainda sorrindo. Quebrar alguns conceitos, mesmo que pra dizer que ando. E todo dia o caminho é um só, mesmo que varie. Às vezes não acordo domingo porque penso que ainda é sábado.
Ando sem paciência ou com inspiração em demasiado. Me apaixonando em cada verso e me calando em cada prosa. E as sombras que margeiam o meu rosto cansado.
Ver que noticiam tudo o que me influencia mais me irrita do que me alegra. Comigo quem faz par é o meu ser, o mar. Ando até ele. Mas nada tem cor.
E por falar, só quero um beijo da Minha Menina e todas as amarguras das vidas que já souberam amar e, hoje, já sabem sorrir. Andam brilhando os olhos e os meus por elas.
Se ainda querem saber não sei quem lhes trouxe até aqui, que não se afastem. Que eu te escreva dois versos. Que eu escreva a crônica das nossas vidas. Que a vida imprima e revise.
Ainda não decidi se acaba com amor ou louvor. Sei que não deixarei o fim bem claro, o que não é raro. Vou pôr fim com um bem merecido ponto. Desponto da esquina e não desaponto os olhos. Já descobri onde fica a vontade: jogada à beira da rua.
Um comentário:
(Se ainda querem saber não sei quem lhes trouxe até aqui, que não se afastem. Que eu te escreva dois versos. Que eu escreva a crônica das nossas vidas. Que a vida imprima e revise.)
Que possamos juntar as palavras torpes, os sorrisos amargos, os devaneios tolos... Que possamos unir em papel, que saia disto quem sabe um conto que reconto e ponto. Que saibamos escrever e apagar e reescrever sempre mais e mais, porque viver nesta selva está intragável.
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