sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

De pedra em pedra

E aquilo ao longe era um astuto pássaro

Que mergulhava no escuro das noites

Em busca do seu alimento no esverdeado mar

Descansam entre as pedras donde surgem

Inúmeras redes e linhas com molinete,

Os cardumes passeiam em busca de refúgio

Ou morte

Posso observar este cenário por horas sem

Me cansar e pensar só naqueles movimentos

Que se repetem e repetem. O argumento

Perfeito para não fazer nada, olhar.

São algumas gaivotas ou albatroz – o número

É pequeno – mesmo com todo barulho conseguem

Trazer toda tranqüilidade, brigam entre

Si por mais espaço.

Naquele momento percebi que as dores não

Perdem intensidade e nem importância

O que nos resta é nos acostumar, pegar

O caminho das pedras e de lá largar

Os nossos apegos e seguir aquela simplicidade

E viver, viver ou sobreviver.

Ainda não sei se finalizei estes versos, mas

Eu vou pontuar as reticências.

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