E aquilo ao longe era um astuto pássaro
Que mergulhava no escuro das noites
Em busca do seu alimento no esverdeado mar
Descansam entre as pedras donde surgem
Inúmeras redes e linhas com molinete,
Os cardumes passeiam em busca de refúgio
Ou morte
Posso observar este cenário por horas sem
Me cansar e pensar só naqueles movimentos
Que se repetem e repetem. O argumento
Perfeito para não fazer nada, olhar.
São algumas gaivotas ou albatroz – o número
É pequeno – mesmo com todo barulho conseguem
Trazer toda tranqüilidade, brigam entre
Si por mais espaço.
Naquele momento percebi que as dores não
Perdem intensidade e nem importância
O que nos resta é nos acostumar, pegar
O caminho das pedras e de lá largar
Os nossos apegos e seguir aquela simplicidade
E viver, viver ou sobreviver.
Ainda não sei se finalizei estes versos, mas
Eu vou pontuar as reticências.
Nenhum comentário:
Postar um comentário