domingo, 9 de janeiro de 2011

Entre perder e o medo

Quando a vida lhe mostra diversas opções e das escolhas nenhuma tem a possibilidade de volta e no lugar de perdido ou desiludido me coloco em todas as direções, mas não equilibro as proporções e pareço alas de passistas sem sambar.

Desbragado saio da avenida um tanto embriagado pelo calor do momento. Em vezes de mestre-sala envergo as estruturas apoteóticas das figuras não apresentadas pela língua.

Reli texto por texto, repassei erro por erro, nos mínimos detalhes, percebi que a harmonia não era a mesma e que a melodia desta bateria não pode mais me levar ao delírio.

De tanto passar por esta avenida percebi que, mesmo brilhando mais que as outras flores, a Tulipa Rainha poderia também compor a história, porém não ser o enredo. Nem mesmo que escreva um samba canção por ela. Não emplaco mais um sucesso. Nem que a escola esteja afinada, não vale mais gritar, no refrão, que é a mais linda flor.

Eu posso inda abjurar que as velhas canções não tocam nem tocarão mais a minha vida ou em minha vida, e não ouvir o grito ensandecido de campeão dos Carnavais.

Um comentário:

Camila disse...

De tempos em tempos, os sucessos precisam mudar. É lindo1