Pensei em escrever uma carta de despedida. Pensei seriamente em me despedir, eximir meu rosto das lágrimas, da crueldade que é deixar ir. Queria fugir de todas as dores, mas preferi encará-las e sofrer as conseqüências.
No ensaio – rascunho – desenhei ponto e vírgula, mas não consegui desprender os meus olhos dos teus, mesmo que vir-te partir. E num ato paradoxal pedir-te que se vá, mais uma vez, que parta e que siga ao revés da minha dor, noutro caminho, em outro patamar.
Desenfreadamente penso em forma póstuma, mas não desejo que venha antes que possa desgrenhar-me em vida de tudo o que não pode me pertencer.
Como majestade lhe pedi um laço enquanto queria desatar de meus braços os teus, eu te questiono se ainda terei os passos necessários para que, nessa andança ou na dança, acompanhe os seus?
A resposta fora dada e vi que melhor seria não olvidar. Sentei para repensar sobre os fragmentos e preferi a estrada e o meu pilar. Só agora pude deitar em meu uru, fintei um casulo, pois era no teu leito que me sentia completo.
Eu já me coloquei nesses parágrafos e me mudei, mas nem toda mudança é para melhor. Estou indo olhando para trás sem querer ter por onde ir. Um beijo cheio de letras e um abraço repleto de mim.
Um comentário:
Um poema triste. Mas cheio de sentimentos verdadeiros.
Não é fácil dizer adeus, ter que deixar quem amamos ir embora.
Parabéns!
Bjinhoss ;)
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