terça-feira, 12 de abril de 2011

Ao ar livre


Eu gosto é do vento na cara. Gosto de atravessar a “Portinha”. De todas aventuras sobre o Aqueduto, por cima dos arcos, olho e vejo as minhas ruas preferidas, as mesmas que são profanadas e promíscuas.

Me espremo entre os postes inúmeros das ruas colônias desse bairro. Estico o corpo como em um alongamento desafiador, que hora posso noutra não. Sinto mesmo o prazer e a emoção de me esticar de fronte ao perigo, enquanto isso, olho sempre as mesmas janelas e bonecas de barro, que não saem de lá – quase todas feitas por aqui mesmo às “Portas-abertas”.

Falando ainda de olhar, vejo no meu trajeto verdades e mentiras, subindo a Almirante, olhando os horizontes, igrejas e ladeiras, já fui muito à do Castro, os espaços são tomados pelas nossas construções, mas nem sempre deixamos de ver as belezas. Vamos de estação por estação: do Curvelo com seus museus e cultura de fronte para a mais bela Baía ao Guima – só para os íntimos – onde podemos nos fartar desde o Pimenta até o Mineiro, às vezes, o Canto da Boca, e é difícil não encontrar alguém no Gomes, Esteves ou na Fatinha e partindo pro Largo das Neves e seu aconchego e tranqüilidade diversa.

Minha alegria em andar no estribo do nosso bonde no nosso bairro, Santa Teresa. Só fiquei um pouco triste quando cheguei em casa e minhas rosas estavam murchando, pois um breve inverno se aproxima.

Um comentário:

danilo disse...

me senti na Lapa!